Ao se aposentar, o ex-jogador assumiu a função de treinador e conquistou diversos títulos pelo Mais Querido do Brasil. Faleceu no ano de 2015, em decorrência de uma insuficiência cardíaca, deixando órfã mais de uma geração de rubro-negros.
Dados
Nome Completo: Luís Carlos Nunes da Silva
Apelido: Carlinhos Violino
Nascimento: 19 de Novembro de 1937
Local: Rio de Janeiro
Falecimento: 22 de Junho de 2015
Posição: Volante / Meia
Nº de Jogos: 516
Nº de Gols: 23
CARREIRA COMO JOGADOR - Carlinhos Violino
Carlinhos atuava como meia e jogou no Flamengo de 1958 a 1969. Neste período, participou das conquistas de dois campeonatos estaduais e do Torneio Rio-São Paulo de 1961, o único vencido pelo rubro-negro.
No dia 20 de janeiro de 1954, Biguá, em sua despedida, entregava a Carlinhos o seu par de chuteiras, gesto que simbolizava a entrega do instrumento de trabalho. História repetida dezesseis anos depois. Em 16 de junho de 1970, Carlinhos entregou seu par de chuteiras a um jovem promissor das categorias de base chamado Arthur Antunes Coimbra, o Zico.
Foi um dos poucos jogadores a ganhar o Prêmio Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso de campo. Sua forma de jogar com grande classe e o toque de bola refinado o valeram o apelido de "violino". É apontado como um dos melhores jogadores de meio campo de todos os tempos do futebol Brasileiro, apesar de nunca ter feito carreira no scratch verde-amarelo, isto, aliás, uma das grandes frustrações pessoais de Carlinhos.
Pra bem da verdade, o ex meio-campista disputou uma partida com a camisa canarinho, no ano de 1964 contra a Seleção de Portugal. Naquela partida, outro rubro-negro esteve em campo junto com Carlinhos, foi Aírton Beleza, centroavante que fez dupla central de ataque com Pelé. A Seleção Brasileira saiu vitoriosa do Maracanã naquele dia.
Dois anos antes, nos preparativos para a Copa do Mundo de 1962, o então treinador da Seleção Brasileira Aimoré Moreira convocou 41 jogadores para a pré-preparação, destes, apenas 22 iriam ao Chile. Ocorre que, para dar equilíbrio entre os selecionados do Rio e de São Paulo, a comissão técnica preferiu levar, como reserva de Zito, o Zequinha, do Palmeiras, ao invés de Carlinhos Violino, a grande sensação do momento.
Um dos grandes momentos de Carlinhos como jogador foi o Fla-Flu decisivo do campeonato de 1963, quando liderou o time no empate de 0x0 que deu o título ao Flamengo. Naquele jogo, no dia 15 de dezembro, registrou-se o maior público entre dois clubes no futebol brasileiro: 177.020 torcedores, fora os penetras e caronas. Nessa partida 16.947 espectadores não pagaram ingresso. Foi homenageado pelo Flamengo dando seu nome a escolinha do clube em Vitória da Conquista, na Bahia.
(Fonte: O Vermelho e o Negro - A pequena grande história do Flamengo - Ruy Castro)
0 comentários