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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A 82ª edição do Campeonato Carioca foi decidida em três clássicos Flamengo e Vasco, dos quais saiu vencedor o Flamengo.

10/08/1986 – Estadio: Maracanã – Rio de Janeiro



Time: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Guto, Aldair, Andrade, Adilio, Ailton, Bebeto, Vinicius(Júlio Cesar) e Marquinho.

Gols: Bebeto e Júlio Cesar.

Público: 127.806

A história de Ronaldo Angelim, ou simplesmente Angelim, seria a mesma de muitos garotos que, com suas famílias partiram do Nordeste em busca de melhores condições de vida.




Jogos pelo Flamengo: 284 partidas

Gols Marcados pelo Flamengo: 17 gols

Principais Títulos pelo Flamengo:
 

- Campeão da Copa do Brasil de 2006
- Campeão Carioca de 2007
- Campeão Carioca de 2008
- Campeão Carioca de 2009
- Campeão Brasileiro de 2009
- Campeão Carioca de 2011

Em 2006 foi contratado pelo Flamengo para o início da temporada e ajudou o clube a conquistar a Copa do Brasil.

Estreou no rubro-negro no dia 2 de fevereiro daquele ano na vitória por 4 a 2 sobre o Americano no Maracanã pelo Campeonato Carioca. Neste jogo marcou um de seus muitos gols vestindo o Manto Sagrado.

Se no ínicio o jogador foi contestado pela torcida e viu as oportunidades se esvaírem, com a chegada de Fábio Luciano, Angelim se firmou na zaga rubro-negra e não mais perdeu a condição de titular, nem mesmo com a chegada de medalhões como o badalado zagueiro Rodrigo e o experiente Leonardo.

Ronaldo Angelim foi um dos ídolos da torcida rubro-negra e pauta sua carreira pela humildade. Suas atuações costumam ser decisivas e sua disciplina essencial para o baixo número de faltas e melhor desenvolver do limpo futebol que tem sido praticado pela equipe da Gávea.

Em 2009, perdeu o seu companheiro de zaga Fábio Luciano, que se aposentou, e teve uma fase complicada devido a falta de experiência dos outros companheiros de defesa. Mas com a chegada do zagueiro Álvaro encontrou o seu verdadeiro futebol e foi um dos grandes nomes na campanha do Hexa no Campeonato Brasileiro 2009 ao marcar o gol do título na partida contra o Grêmio.

A importância de Ronaldo Angelim para a conquista do hexa do Flamengo de 2009



Em 2011, no entanto, Angelim perdeu a titularidade e foi para o banco. No final do ano, por opção do técnico Luxemburgo, o jogador que já estava com 36 anos de idade não teve o seu contrato renovado e se despediu do Flamengo.

Ronaldo Angelim cresceu e criou-se no Ceará. Lá, o ainda jovem e talentoso jogador conciliava os treinos no modesto Icasa com atividades que visavam ajudar o sustento da sua humilde família. Dentre outros afazeres, Ronaldo Angelim cavava poços artesianos e trabalhava como agricultor. No clube de Juazeiro do Norte, o zagueiro esteve de 1996 até 1999, quando aquele clube passou por um dos momentos mais delicados da sua história, tendo inclusive que mudar seu nome para fugir de dívidas que poderiam decretar sua falência.

Em 1999, Angelim chegou ao Ceará, tradicional clube da capital cearense. Suas boas atuações promoveram um retorno do atleta á terras paulistas. Em 2000, o Ituano vislumbrou em Angelim o xerife que faltava para comandar a zaga da equipe que disputaria a Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro daquele ano.

Com poucas oportunidades o zagueiro voltou um ano mais tarde para Fortaleza, desta vez para defender o clube homônimo, e foi no Fortaleza Esporte Clube que Angelim ganhou projeção.

Conhecido pela habilidade no desarme de atacantes, Angelim conduziu a equipe cearense de volta á primeira divisão do Campeonato Brasileiro de 2005 com um gol salvador á quinze minutos do fim de uma decisiva partida, o que lhe concedeu status de ídolo naquele clube.

Em abril de 2012, após algum tempo de negociações, Ronaldo Angelim acertou com o Barueri para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B.

Para 2013, quando planejava encerrar a vitoriosa carreira, Angelim acertou seu retorno ao Fortaleza para a disputa do Campeonato Cearense e da Copa do Nordeste. Jogou quatro meses pelo Fortaleza e pendurou as chuteiras em maio do mesmo ano, já sentindo fortes dores causadas por anos de atividade. A despedida do zagueiro, apesar de distante dos gramados do Maracanã que um dia lhe consagraram, foi como todo flamenguista podia desejar, guiado pelo ídolo maior da Gávea, o Galinho de Quintino, Zico.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Os melhores momentos dos jogos da grande final em 16 de Dezembro de 1999 (Flamengo 4 x 3 Palmeiras) e 20 de Dezembro de 1999 (Palmeiras 3 x 3 Flamengo).


Luís Carlos Nunes da Silva, que entrou para a história rubro-negra como Carlinhos, é um ex meio-campista que dedicou toda a sua brilhante carreira ao Flamengo.


Ao se aposentar, o ex-jogador assumiu a função de treinador e conquistou diversos títulos pelo Mais Querido do Brasil. Faleceu no ano de 2015, em decorrência de uma insuficiência cardíaca, deixando órfã mais de uma geração de rubro-negros.

Dados
Nome Completo: Luís Carlos Nunes da Silva
Apelido: Carlinhos Violino
Nascimento: 19 de Novembro de 1937
Local: Rio de Janeiro
Falecimento: 22 de Junho de 2015
Posição: Volante / Meia
Nº de Jogos: 516
Nº de Gols: 23

CARREIRA COMO JOGADOR - Carlinhos Violino

Carlinhos atuava como meia e jogou no Flamengo de 1958 a 1969. Neste período, participou das conquistas de dois campeonatos estaduais e do Torneio Rio-São Paulo de 1961, o único vencido pelo rubro-negro.

No dia 20 de janeiro de 1954, Biguá, em sua despedida, entregava a Carlinhos o seu par de chuteiras, gesto que simbolizava a entrega do instrumento de trabalho. História repetida dezesseis anos depois. Em 16 de junho de 1970, Carlinhos entregou seu par de chuteiras a um jovem promissor das categorias de base chamado Arthur Antunes Coimbra, o Zico.

Foi um dos poucos jogadores a ganhar o Prêmio Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso de campo. Sua forma de jogar com grande classe e o toque de bola refinado o valeram o apelido de "violino". É apontado como um dos melhores jogadores de meio campo de todos os tempos do futebol Brasileiro, apesar de nunca ter feito carreira no scratch verde-amarelo, isto, aliás, uma das grandes frustrações pessoais de Carlinhos.

Pra bem da verdade, o ex meio-campista disputou uma partida com a camisa canarinho, no ano de 1964 contra a Seleção de Portugal. Naquela partida, outro rubro-negro esteve em campo junto com Carlinhos, foi Aírton Beleza, centroavante que fez dupla central de ataque com Pelé. A Seleção Brasileira saiu vitoriosa do Maracanã naquele dia.

Dois anos antes, nos preparativos para a Copa do Mundo de 1962, o então treinador da Seleção Brasileira Aimoré Moreira convocou 41 jogadores para a pré-preparação, destes, apenas 22 iriam ao Chile. Ocorre que, para dar equilíbrio entre os selecionados do Rio e de São Paulo, a comissão técnica preferiu levar, como reserva de Zito, o Zequinha, do Palmeiras, ao invés de Carlinhos Violino, a grande sensação do momento.

Um dos grandes momentos de Carlinhos como jogador foi o Fla-Flu decisivo do campeonato de 1963, quando liderou o time no empate de 0x0 que deu o título ao Flamengo. Naquele jogo, no dia 15 de dezembro, registrou-se o maior público entre dois clubes no futebol brasileiro: 177.020 torcedores, fora os penetras e caronas. Nessa partida 16.947 espectadores não pagaram ingresso. Foi homenageado pelo Flamengo dando seu nome a escolinha do clube em Vitória da Conquista, na Bahia.

(Fonte: O Vermelho e o Negro - A pequena grande história do Flamengo - Ruy Castro)
No Maracanã, dia 13 de dezembro, a massa rubro-negra lotou para acompanhar o que seria o quarto título rubro-negro, um dilúvio não impediu que mais de 90 mil pagantes vissem um domínio total do Flamengo.



História


Foi o ano da revolução no futebol brasileiro. Revoltados com o imenso prejuízo nos últimos anos, os trezes maiores clubes do país (Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Santos, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Inter-RS e Bahia) bateram o pé, enfrentaram a CBF e resolveram montar um campeonato paralelo. A discussão tornou-se perigosa, já que a FIFA entrou na parada e ameaçou suspender todos os clubes que desrespeitassem a entidade maior do futebol brasileiro. Aí, surgiu uma conciliação. O recém formado Clube dos Treze formaria um Módulo principal (o Verde) junto com outros três que seriam convidados e daí sairia o campeão brasileiro. Em contrapartida, a CBF organizaria mais três módulos (Amarelo, Azul e Branco, que representariam a Segunda e a Terceira Divisão) para prestigiar seus compromissos políticos com as demais federações nacionais. Quando tudo parecia resolvido, surgiu outro grave problema.

No meio da Copa União, a CBF, pressionada politicamente, resolveu mudar o regulamento e impôs um quadrangular final entre o campeão e vice do Módulo Verde e Amarelo, de onde sairia o campeão brasileiro de 1987. Claro que o Clube dos Treze não aceitou em hipótese nenhuma o confronto entre os dois primeiros colocados da Primeira Divisão contra a Segundona. Enquanto o Módulo Verde só tinha clubes consagrados, o Amarelo contava com equipes de menor expressão. Com a bola rolando, o Atlético-MG fez uma primeira fase impressionante. Jogando 15 vezes, não perdeu um jogo sequer. E olha que só tinha time grande. Junto com o Galo, também conseguiram vaga nas semifinais o Flamengo, Cruzeiro e Internacional. Os times mineiros tiveram o privilégio de jogar a segunda partida em casa, por terem melhor campanha. O Cruzeiro segurou o Inter no Beira-Rio na primeira partida: 0 a 0. Na volta, o placar se repetiu. O regulamento previa uma prorrogação de 30 minutos e foi aí que o Inter se deu bem; fez 1 a 0 e garantiu a vaga na final.

Na outra semifinal, o invicto Atlético-MG pegou o Flamengo no Maracanã. Impulsionado pela sua gigantesca torcida, o time rubro-negro venceu por 1 a 0, gol de Bebeto. No Mineirão, os mineiros estavam preocupados com a sina que perseguia o Galo nos Campeonatos Brasileiros. Aconteceria de novo? No início parecia que sim. Com uma grande atuação de Renato Gaúcho e Zico, o time carioca fez 2 a 0. Como jogava pelo empate, o Fla relaxou e permitiu o empate dos mineiros. Quando a torcida se enchia de esperança, Renato Gaúcho, em uma arrancada fenomenal, driblou o goleiro e fez o gol da vitória do Flamengo. Mais uma vez, o Atlético-MG perdia em casa sua classificação. O pior é que o time só perdeu duas vezes na competição, justamente quando não podia.

Mostrava mais uma vez naquele ano que craque o Flamengo faz em casa, um time que contava com Zé Carlos, Leandro, Leonardo, Andrade, Ailton, Zico, Aldair e Zinho, a grande maioria deles com ótima passagem pela Seleção Brasileira. Era uma máquina de jogar futebol.

O Flamengo era o grande favorito da final. Como se não bastasse eliminar o bicho-papão da Copa União, o time vinha embalado e subindo de produção. O Inter estava numa situação inversa. Depois de assegurar a vaga na semifinal com um ótimo primeiro turno, os gaúchos ficaram em penúltimo no segundo. No Beira-Rio, no dia 6 de dezembro, com um público de 62.228 pagantes, o Flamengo saiu na frente com Bebeto, mas o Inter empatou.

No Maracanã, dia 13 de dezembro, a massa rubro-negra lotou para acompanhar o que seria o quarto título rubro-negro, um dilúvio não impediu que mais de 90 mil pagantes vissem um domínio total do Flamengo. Bebeto fez 1 a 0 logo no início do primeiro tempo. O Inter não conseguiu reagir em nenhum momento do jogo. A meta de Zé Carlos nunca foi ameaçada. A defesa com Jorginho, Edinho, Leandro e Leonardo comportou-se maravilhosamente. A festa estava completa. O Flamengo conquista seu quarto título nacional. Última conquista de um título Brasileiro do Flamengo sob o comando do grande Zico.

A polêmica em torno ao título

Há aqueles que consideram o Sport Recife campeão Brasileiro daquele ano, acreditando se tratar do duelo entre um time grande e um time menor, e consequentemente o favorecimento ao time grande, mas não é bem isso que aconteceu. A CBF, comandada por Otávio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid, resolveu alterar a fórmula do campeonato com este em andamento, o que não foi aceito pelo Clube dos 13, tanto que Internacional que perdeu a decisão não concordou com o cruzamento. Em 1988, o Conselho Nacional de Desportos, entidade máxima do esporte a época, reconheceu a conquista rubro-negra, o que a CBF não acatou.

ELENCO

Goleiro: Zé Carlos
Lateral-Direito: Jorginho
Zagueiro: Edinho
Zagueiro: Leandro
Lateral-Esquerdo: Leonardo
Volante: Ailton
Volante: Andrade
Meia: Zinho
Meia: Zico
Atacante: Bebeto
Atacante: Renato Gaúcho
Técnico: Carlinhos

Outros Jogadores: Cantareli, Júlio Cesar, Zé Carlos II, Guto, Aldair, Flavio, Airton, Kita, Gerson, Vandick, Alcindo, Henágio, Leandro Silva e Nunes.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Depois do Rio e do Brasil, havia chegado a vez do Flamengo buscar a conquista da América do Sul - algo que uma equipe brasileira não conseguia desde os anos 1960, com o Santos de Pelé.


Carpeggiani, que fazia parte do elenco como jogador, assumiu o cargo de técnico após a morte de Claudio Coutinho. Como campeão brasileiro do ano anterior, o Mais Querido classificou-se para disputar a sua primeira Taça Libertadores da América e caiu na primeira fase no Grupo 3, que tinha também Atlético-MG, Olímpia e Cerro Porteño, os dois últimos sendo representantes do Paraguai.

A estreia foi contra o Atlético-MG, no Mineirão, e terminou em empate por 2x2. Ao final das seis rodadas daquela etapa, os dois brasileiros terminaram empatados em pontos e, como não havia previsão de desempate pelo saldo de gols no regulamento e apenas o primeiro colocado passaria de fase, tiveram que disputar um jogo extra para decidir a classificação.

O jogo foi marcado para o Serra Dourada, em Goiânia, e ficou marcado por grande confusão que acabou gerando a expulsão de cinco atleticanos. Com isso, a partida foi encerrada ainda no primeiro tempo e o Flamengo seguiu adiante na competição.

A fase semifinal seria um triangular, disputado com o Jorge Wilstermann, da Bolívia, e o Deportivo Cali, da Colômbia. E o Flamengo passou com 100% de aproveitamento, vencendo os dois adversários tanto no Maracanã quanto em seus domínios. A vaga na final estava garantida.

O adversário, o Cobreloa, havia sido campeão chileno em 1980 e, na semifinal, surpreendeu ao eliminar os gigantes uruguaios Nacional e Peñarol. Na primeira partida, Zico marcou os dois gols da vitória por 2x1, no Maracanã. Mas o jogo de volta foi marcado pela violência da equipe chilena, que acabou devolvendo o placar no Estádio Nacional de Santiago.

A decisão seria em jogo extra, marcado para o Estádio Centenário, em Montevidéu. Jogando em campo neutro, a categoria rubro-negra prevaleceu. Zico marcou duas vezes - a segunda em uma de suas inesquecíveis cobranças de falta - e definiu o 2x0 que lavou a alma daquele time, depois de tantas dificuldades.

Com 11 gols, o Galinho terminou como grande craque e artilheiro do campeonato. E o Flamengo já podia começar a pensar na conquista do planeta.

Flamengo: Raul, Nei Dias, Marinho, Mozer, Júnior, Leandro, Andrade, Zico, Tita, Nunes (Anselmo), Adílio.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016


Os craques rubro-negros entraram em campo no dia 13 de dezembro de 1981, para enfrentar o Liverpool, vencedor da Copa dos Campeões, pelo Mundial Interclubes, com o objetivo de exterminar uma velha máxima ouvida pelos quatro cantos do Brasil: "o Flamengo é time de Maracanã, só neste estádio mostra superioridade".

É verdade que, apenas 20 dias antes, o clube carioca conquistara a Taça Libertadores em Montevidéu, no Uruguai, ao derrotar o Cobreloa, do Chile. Mas pouco importou para os críticos. Para convencê-los, o jeito era superar os ingleses.

Com uma grande apresentação, de preferência. Leandro, Zico e Júnior Para os especialistas em futebol, o Liverpool levava ligeira vantagem. Em 1981, enquanto o Flamengo vencera o desconhecido Cobreloa na decisão da Libertadores, o time inglês superara Bayern de Munique e Real Madrid nas duas últimas fases - semifinais e final, respectivamente - da Copa dos Campeões. Só que essas teses pouco valeriam em Tóquio. Em campo, como adoram repetir os jogadores, seriam 11 contra 11.

Durante o jogo decisivo, aí sim, surgiria o favorito. Os 62.000 torcedores que compareceram ao Estádio Nacional não tiveram que esperar muito para saber qual era o melhor time em campo. Aos 13 minutos, Zico lançou Nunes que viu a saída desesperada do goleiro Grobbelaar e, ainda fora da grande área, o encobriu para abrir o placar. "Acidente de percurso", pensaram os ingleses. Coitados, mal sabiam que o show rubro-negro estava apenas começando.

 Não se pode dizer que o Liverpool não contava com talentos capazes de inverter o rumo da partida. Os habilidosos Souness e Dalglish, dois dos maiores jogadores da história do futebol escocês, poderiam brilhar a qualquer momento, fazendo o Flamengo tremer. Tremer? Presta atenção no time dirigido por Paulo César Carpegiani: Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Havia craques por todos os lados, vencê-los era tarefa quase impossível. E o pior para os ingleses era que Zico estava inspirado, levando à loucura a defesa adversária.

Aos 34 minutos, McDermott derrubou Tita na entrada da área e o Galinho se encarregou da cobrança da falta, mandando a bomba que Grobbelaar apenas rebateu. Na sobra, Lico acertou Thompson e Adílio, esperto, estufou a rede: 2 a 0. O Liverpool bambeou, faltava pouco para ruir de vez. A solução era torcer para que o primeiro tempo terminasse logo, com a intenção de se recuperar dos ferimentos no intervalo.

A tática estava acertada, só faltou avisar a Zico e Nunes. Aos 41 minutos, o maior jogador do Flamengo em todos os tempos lançou novamente o centroavante, que avançou e bateu na saída do goleiro. Com 45 minutos de antecedência, a taça já tinha destino certo: o Rio de Janeiro. O segundo tempo foi arrastado, chato mesmo de se ver. O Liverpool não mostrava forças para reagir, limitou-se a ficar na defesa - talvez temendo sofrer uma goleada ainda mais humilhante.

Os craques do Flamengo tocavam a bola de pé em pé sem objetividade, envolvendo os combalidos adversários e esperando o tempo passar. Foram 45 minutos de total domínio rubro-negro sobre os ingleses. Final de jogo e festa no Brasil, o clube mais popular do país conquistava o mundo. Agora, definitivamente, o Flamengo não poderia ser chamado de "time de Maracanã". Afinal, provou ser imbatível em todo o canto, até mesmo do outro lado do planeta.

SÚMULA - Flamengo 3 x 0 Liverpool

Flamengo: Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Tec.: Paulo César Carpegiani.
Liverpool: Grobbelaar; Neal, R. Kennedy, Lawnson e Thompson; Hansen, Dalglish e Lee; Johnstone, Souness e McDermott (Johnson).
Tec.: Paisley.

Reportagem da Rede Globo especial com os bastidores da conquista mundial do Flamengo em 1981 em Tóquio.